segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

FALABELLA




As causas naturais de pequenas estatura em equinos são de ordem ambiental: severas condições climáticas combinadas com escassez de alimento. É possível, no entanto, obter cavalos miniaturas ou de grande porte. Os de pequeno porte têm sido criados pelo homem através da história, às vezes como animais de estimação, outras simplesmente para satisfazer a curiosidade. O melhor exemplo disso é o Falabella, considerando um cavalo miniatura e não um pónei, pelas suas proporções e pelo seu caracter.
Criação: Tira o seu nome da família Falabella, responsável pela evolução da raça no rancho Recreio de Roça, nas imediações de Buenos Aires, Argentina. Cruzaram-se os mais pequenos Shetland disponíveis com um PSI de porte reduzido; e a partir dessa primeira operação, praticou-se a endogamia, sempre com os menores exemplares obtidos por cruzamentos selectivo. O alvo perseguido era um espécime equino quase perfeito, mas miniatura. Acontece, que um processo desses pode resultar em defeitos de formação e uma indesejável perda de vigor. Diz-se que os Falabellas são bons para o tiro mas não como montaria. Um dos menores exemplares conhecidos foi a égua chamada Sugar Dumpling, de Smith McCoy, de Roderfield, Virgínia, Estados Unidos. Media 51cm de altura e pesava 13,6kg.
Características: Defeitos de formação como jarretes fracos, membros tortos e cabeças pesadas são comuns em qualquer raça miniatura. E, no entanto, os melhores exemplares de Falabella ostentam muitas das qualidades de um bom Shetland . como animais de estimação, eles mostram-se afectuosos e inteligentes. A sua pelagem pode apresentar atraentes padrões, inclusive pintados.
Influências: Shetlands: A base foram os Shetlands, cruzados com pequenos PSI.
Altura: Até 60cm. 
Cores: Todas, inclusive combinadas.
Usos: Inovadores.

CRIOULO




Embora seja cavalo nativo da Republica Argentina, o Crioulo pode ser encontrado sobre formas ligeiramente diferentes e uma grande variedade de nomes, em todo o continente Sul Americano. No Brasil, por exemplo, é o ‘Crioulo Brasileiro’. Na Argentina, o Crioulo é a montaria indispensável do gaúcho, o cowboy dos pampas, e teve importante papel no surgimento do famoso Polopony dos país.
Criação: O Crioulo e descendente direito do cavalo espanhol trazido pelos descobridores do século XVI. Esses cavalos tinham sangue berbere. As primeiras importações de vulto para o vice-reinado do Prata foram feitas em 1535 por D. Pedro Mendoza, o fundador de Buenos Aires. Mais tarde, quando a cidade foi saqueada pelos índios, esses cavalos  espalharam-se por vastas áreas do campo e procriarão livremente – dai a disseminação.
Características: o Crioullo é um dos cavalos mais fortes e mais saudáveis que existe, um atributo à sua ascendência espanhola. É capaz de viver em condições de extremo calor o frio com  mínimo de alimentação, tem incrível resistência e é famoso pela longevidade.
Influencias: Espanhol: Contribui para a excepcional força e resistência da raça.
Altura: Entre 1,42 e 1,52m.
Cores: Castanho, Baio  
Usos: Sela

Berbere





O Berbere perde apenas para o Árabe como um dos fundadores da população equina no globo. O cavalo Espanhol, dele derivado, serviu de base às principais raças europeias e a muitas das americanas. O Berbere desempenhou também papel na evolução do Thoroughbred inglês (PSI).
Criação: A raça é originária de Marrocos, na África do norte. Crê-se que se tenha formado de cavalos selvagens sobreviventes da era glacial. Se isso for exacto, o Berbere é tão antigo quanto o Árabe. Num qualquer momento da evolução, terá recebido uma infusão de sangue Árabe, mas  a sua conformação nada deve ao ideal Árabe – o que indica a existência de um gene poderoso, maciçamente dominante. Nos últimos anos tem havido um grande refinamento do Berbere tradicional – montaria suprema dos cavaleiros Berberes que tiveram parte tão saliente nas conquistas muçulmanas na Idade Média. Embora não haja respostas definitiva à controversa questão da origem do cavalo Berbere, é pacífico existirem diferenças fundamentais entre o Berbere e o Árabe.
Características: O Berbere não i
mpressiona à primeira vista: tem a garupa caída, a cauda de implantação muito baixa, e uma cabeça sem nada de especial, com formação craniana que se assemelha a dos cavalos primitivos. O perfil é recto, e o chanfro às vezes, romano. Não obstante, a resistência e o vigor do Berbere são ilimitados, indicando uma disposição à toda prova. É um cavalo de excepcional agilidade, capaz de cobrir com grande velocidade distancias curtas.
Altura: Cerca 1,50m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela


ÁRABE (O Filho do Vento)






É a raça equina mais antiga do mundo. Sua origem perde-se na noite dos tempos. Os mais remotos registos da sua presença foram encontrados na câmara mortuária do Faraó Pihiri, que viveu no século XX a. C.
Criação: Sempre criado pelos beduínos do interior da península arábica com fervor, porque eles sabiam que os animais extremamente rústicos sobreviviam às agruras do deserto com temperamento excessivamente quente de dia e noites muito frias no regime de pouca agua e quase nenhum alimento. A sua resistência às intermináveis deslocações das tribos à procura de novas pastagens é outra característica pela qual são universalmente reconhecidos. Foi usado desde tempos imemoriais pelos beduínos como meio de transporte, na caça e nas constantes guerras intertribais, sendo a mais veloz das raças equinas em estado natural. Dócil e obediente, a sua beleza física inspirou poetas, pintores e escultores desde tempos antigos. A sua resistência e rusticidade tornou a montaria de generais famosos como Alexandre O Grande, Napoleão Bona Parte, Reis e Príncipes.
Características: É o mais harmonioso dos cavalos. A sua silhueta e inconfundível. Cabeça pequena, sempre alta, com perfil ligeiramente côncavo; olhos redondos, grandes e vivos; pescoço longo finamente arqueado; espáduas inclinadas, lombo curto, garupa quase horizontal, cauda alta com fios sedosos e longos, quando em movimento estes elevam-se até a vertical. Pernas fortes, boa musculatura, andar largo e cascos duros como marfim. A sua aparência geral exala força e vitalidade. Ao contrario das outras raças que possuem dezoito costelas, seis vértebras lombares e dezoito vértebras na cauda, o Árabe tem, respectivamente, dezassete – cinco – dezasseis. Ele e o PSI são criados em todos os países do mundo e os stud books são aprovados e dirigidos pela WAHO (World Arab Horse Oraganization), ao qual Portugal também filiado.
Altura: Entre 1,47 e 1,57m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão, Preto.
Usos: Sela, Corridas, Saltos de obstáculos, lida do gado, lazer e circo.


APPALOOSA





O gene que faz o cavalo sarapintado é tão antigo quanto o próprio equídeo (havia cavalos malhados na China e na Pérsia), mas o crédito pela criação de uma raça distintiva pela sua pelagem cabe modernamente aos índios Nez Persé da América do Norte, que vivem no noroeste do actual estado do Oregon. As suas terras incluíam o vale do rio Palouse, que foi o rio que deu  nome aos cavalos.
Criação: A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis. Nesse lote havia exemplares de pelagens sarapintadas descendentes remotos de cavalos da África Central. Os Nez Persé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam rigorosas políticas selectivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente pratico. Em 1877, a tribo e a sua bela manada quase foram exterminados quando o governo da união ocupou as reservas. Todavia em 1938, com a formação do Appaloosa Horse Club, em Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. O seu registo é hoje o terceiro mais numeroso do mundo.
Características: Appaloosa moderna é reprodutor, mas também animal de competição (corridas e saltos) pela consistência, vigor e boa índole. Há cinco pelagens oficiais da Appaloosa: Blanket (cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo),snowflake (floco de neve) e frost (geada).
Influências: Espanhol: Acrescentou força, resistencia, adaptabilidade – e a pelagem mosqueada.
Altura: Entre 1,47 e 1,57m.
Cores: Sarapintado
Usos: Sela

ANGLO




O Anglo-Árabe é uma raça resultante da mestiçagem do Árabe e de seu descendente, o PSI (Thoroughbred), que combina as melhores qualidades dessas raças de elite. Do Árabe espera-se que ele herde a resistência, a versatilidade, a frugalidade no trato e os cascos densos; do PSI a estatura maior e a velocidade. De ambos a habilidade atlética para os esportes hípicos.
Criação: A raça originou-se e aperfeiçoou-se na França, onde os Anglo-Árabes são criados sistematicamente desde os tempos napoleônicos nas grandes coudelarias do sudoeste, em Pau, Pompadour, Tarbes e Gelos desde o ano de 1800. Os primeiros Anglo-Árabes são o cruzamento de éguas PSI com os garanhões Árabes (nunca o inverso), importados do Egito por Napoleão Bonaparte e seus generais. Já em 1836 a criação francesa era famosa, tornando-se necessário a introdução de novas linhagens par refrescamento do sangue. Foram importados dois magníficos Árabes do oriente próximo Massoud e Aslan e três éguas PSI Dair, Common Mars e Selim. Por volta de 1850 a raça foi considerada formada e os cruzamentos com Árabes ou PSI puros passaram a ser cortados.
Características: Na aparência o Anglo_Árabe tende mais para o PSI. Sua fronte é recta (e não côncava como o Árabe), e sua estatura elevada. Os ombros são inclinados e fortes, as perlas longas e bem formadas com ossatura e cascos de boa qualidade, bons pulmões e excelente coração. São versáteis cavalos de sela, prestando-se para corridas em hipódromos, provas se salto de obstáculos, adestramento clássico e pólo. Na França os Anglo-Árabes têm corridas especiais, e seu stud book não aceita produtos com menos de 25% de sangue Árabe ou Thoroughbred.
Influências: Thoroughbred: Colaborou com tamanho, decisão, galope e potencial competitivo. Árabe: Solidez, vigor, resistência e temperamento calmo.
Altura: Varia entre 1,62 e 1,67m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela, Desportos hípicos

ANDALUZ (ESPANHOL)




O moderno Andaluz descendente do cavalo Espanhol, o qual, como o Árabe e o Berbere, teve a maior influência sobre a população equina do mundo. Até o século XIX, o cavalo Espanhol era considerado o melhor da Europa. Toda a equitação clássica das escolas do Renascimento se baseava nele. A famosa escola de equitação de Viena é chamada ‘Espanhola’ em sua honra (spanische Reitschule), e seus famosos Lipizzaners brancos descendem directamente de cavalos exportados da Espanha para Lipica, na Eslovénia, no século VI. O cavalo Espanhol teve influências dominante em quase todas as raças e é a base da maior parte dos cavalos existentes na América Latina.
Criação: Na Anadaluzia, a criação está centrada em Jerez de la Frontera, Córdoba e Sevilha, onde foi preservada pelos mosteiros cartuxos. O cavalo Espanhol pode ter derivado de uma mistura do nativo Sorraia com o Tarpan e com os Berberes trazidos pelos mouros do norte da África.
Características: O Andaluz é um cavalo de grande presença. Embora não seja muito veloz, é ágil e atlético. Tem uma cabeça de extraordinária nobreza, o perfil característico, dito ‘de falcão', crina e cauda longa, luxuriantes, e, com frequência, aneladas.
Influências: Berbere: Responsável principal pelo ardor, bravura, robustez e grande agilidade. Sorraia: Fundamento ‘primitivo’ da raça, deu-lhe força e notável resistência.
Altura: Média é cerca de 1,57m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela, Touradas, Adestramento, Shows

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cavalo- Raça: Mangalarga Marchador



mangalarga marchador é uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter-Real, que chegou ao Brasil por meio de nobres da Côrte portuguesa e, após, cruzada com cavalos de lida, em sua maioria advindos da raças ibéricas (bérberes), que aqui chegaram na época da Colonização do Brasil.
Segundo a tradição, em 1812Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) ganhou de D. João VI, um garanhão da raça Alter-Real e iniciou sua criação de cavalos cruzando este garanhão com as éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas onde hoje é o município de Cruzília. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime pelo seu andar macio.
Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso emPaty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham.
Em 1934 foi fundada a ABCCRM, Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga. Anteriormente, houve uma notável migração de parte da Família Junqueira para São Paulo em busca de melhores terras e riquezas. Chegando em novo solo, com topografia diferente, cultura diferente, onde a caçada ao veado era diferente, os cavalos tiveram que se adaptar a uma nova topografia e necessidades tendo a necessidade de um cavalo de melhor galope mais resistente por isto foi mais valorizado a marcha trotada que tem apoios bipedal de dois tempos com tempo mínimo de suspensão que cumpria as novas exigências do animal sem perder a comodidade, pois os animais de tríplice apoio apesar de serem mais cômodos não conseguiam acompanhar o ritmo alucinante das caçadas e a lida com gado em campo aberto que eram as duas maiores funcionalidades do cavalo Mangalarga no estado de São Paulo. Tanto o Mangalarga Marchador como o Mangalarga ou Mangalarga Paulista, são duas raças genuinamente brasileiras. As duas foram desenvolvidas em Cruzília - MG.


O tempo passou e a ABCCMM é hoje a maior associação de equinos da América Latina, com mais de 250.000 animais registrados e mais de 20.000 sócios registrados, com cerca de três mil ativos. Durante o período de meados de 70 ao final da década de 1990 o Marchador teve uma ascensão astronômica no segmento da equinocultura, batendo recordes de animais expostos, registrados, e de preços em leilões oficiais.Devido à inevitável diferença que estava surgindo entre os criadores de Mangalarga de São Paulo e de Minas, foi fundada em 1949 uma nova Associação, a ABCCMM. Esta Associação teve origem a partir de uma dissidência de criadores que não concordavam com os preceitos estabelecidos pela ABCCRM e teve como objetivo principal a manutenção da Marcha Tríplice Apoiada.